Hoje fui prestar o concurso para as vagas em aberto no Estado de São Paulo. No local onde eu fiz a prova havia muita, mas muita gente mesmo! Fiquei alguns bons minutos do lado de fora esperando diminuir a quantidade de pessoas para poder entrar tranquilamente, o que não fui possível, e pude presenciar cenas (tanto lá fora como já dentro da sala) que me deixaram envergonhada por ser da mesma categoria desses seres que se dizem professores!
Então me vieram algumas perguntas: "Por que eles são professores?", "Eles estão nessa pela educação?", "Sua maior preocupação é em passar sua sabedoria aos alunos?", "Serão eles bons exemplos a seres dados às crianças e adolescentes deste país?". Para alguns desses meus questionamentos, a resposta estava já mais do que elaborada. Para outras, creio que vou morrer sem saber. Mas a minha vontade era a de dizer a eles: "Vão para casa, procurem outra função, salvem seus alunos de vocês mesmos!".
Conversando com um rapaz que estava ao meu lado, enquanto esperávamos a chegada da prova, e que parecia partilhar das minhas opiniões, ouvi dele uma frase que martela até agora em minha mente: "Os alunos são nossas vítimas!". Vítimas! E ele tem razão! O aluno é vítima daquele professor que, por desmotivação, dá uma aula insatisfatória. Mas ele se esquece (ou não) que mesmo maus alunos vão levar parte desse ensinamento para sempre com eles. Ou seja, deformamos ao invés de informar. Destruímos ao invés de construir. Estragamos o que podíamos, e devíamos, melhorar... E assim é a nossa educação hoje, e ao que tudo indica, sempre será! Sou exceção? Sem dúvida! Mas faço parte de uma minoria! Não desistirei deles. Jamais! Mas entristece, frustra e revolta olhar ao redor e saber que há tantos fazendo isso...
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